terça-feira, 9 de setembro de 2008

Ele e Ela.


A sala fria os envolvia, mas o vinho e a anciedade os mantinham aquecidos. Ela o olhava, o desejava.

Ele, com o cigarro entre os dedos,tbm a olhava.

E eles passaram um bom tempo nesse jogo de encarar até ele tomar coragem e, enfim, falar:


- Tá vendo esse cigarro? Nossa relação é como ele, passageiro, não vale a pena, no fim só haverá cinzas e fumaça.


- Você está dizendo pra eu desistir de você?


Ele não respondeu. Lágrimas escorreram pelo rosto dela enquanto ela se aproximava mais e mais dele como quem diz que não se importa com mais nada. E quando chega próximo o suficiente, o beija na boca, de uma forma como ela nunca havia feito antes, como se fosse a última fez que ela iria beija-lo. E toda a história deles se passava rapidamente na cabeça dela, todos os beijos, as lágrimas, as cartas, as juras de amor eterno.. Ela sabia que era o fim.

Ela o amava de verdade. Ele só queria mais uma história pra contar aos netos.

Ela não sabe se o ama ou o odeia, mas teme que, se um dia ele voltar, não consiga lhe dizer um simples e objetivo não.
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trecho:
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As vezes parecia que era só improvisar que o mundo iria ser um livro aberto. [Legião Urbana]

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