
E a única coisa que sobrou do grande amor foi um anel de coquinho que só cabe no meu dedo mindinho e que todo mundo tenta roubar; algumas cifras que ele me deu antes mesmo de eu ser sua amiga; 200 e-mails que contam toda a história, parece até um livro triste de romance proibido; um pouquinho da essência do perfume que ele usava que um dia eu comprei mas acabei gastando quase todo pra queimar as cartas e bilhetes que ele me deu, mas queimar tudo não resolveu nada, e as vezes eu até queria ter aquelas coisas de volta; Algumas fotos num cd ; um pedaço de uma pulseira que ele amava e que eu torei; o cartão do trabalho dele, que aliais nem é mais o emprego dele; Miçangas que do colar que ele me deu e que quando minha tia quebrou eu quase chorei, nem tanto por raiva, mas porque ela quebrou um pedaço de você que eu guardava.
É incrível que mesmo depois de tanto tempo eu não consigo me desfazer de nenhuma dessas pequenas relíquias dele, cada qual com suas lembranças e momentos, dá até pra viver o momento de novo.. Por mais que eu tente eu não consigo odia-lo , quando vejo as coisas dele, e lembro que já tiveram em contato com ele de alguma maneira ou outra, penso em como eu queria estar perto dele agora. Não devia, mas queria! queria mesmo! Eu queria deixar o orgulho de lado, a raiva, o sofrimento, esquecer tudo e ligar pra você. Mesmo sabendo que há uma probabilidade ENORME de um belo não e eu terminar com a maior cara de esculacho.
Mas quando eu tô quase fazendo isso.. Algum amigo me lembra de tudo que você me fez e eu volto atrás. Eu vou ser forte. Vou conseguir ir até o fim sem você, mesmo que eu morra um pouco a cada dia.
Um comentário:
Nossa!!! Muito lindo esse seu texto. Me identifiquei, a gente ficar guardando as coisas na esperança de um dia voltar a ter muito mais coisas para guardar, né? Mas acho que o amor da nossa vida não nos faz guardar, nos faz usar e é em busca desse amor que vamos, sempre!
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