segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Unhappy Birthday

Parece que já faz uma década. E é quase isso mesmo. Eu descobri que ainda existe uma mágoa muito grande em relação a você e a tudo que esteja ao seu redor. E hoje é seu aniversário. Espero que destrocem seu coração e suas possibilidades futuras de relacionamento. E se você morrer hoje, eu me sentiria um pouco triste, mas não choraria. 

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Um grupo

Eramos um grupo, como partes de um corpo que só quando juntas funcionam direito. E como qualquer tipo de relação em grupo uns tinham funções diferentes das outras, funções maiores ou menores. Funcionávamos sozinhos e em partes também, mas só todos juntos fluíam. Como o rio que deságua no mar a gente realmente fluiu, só que eu fui pro lado oposto. Vez ou outra esbarro nas mesmas águas que um dia foram minhas, mas agora quem sou eu? quem são vós? somente água. Moléculas de água que se mistura com outras, e com a chuva. Eu sei que poderia ter sido diferente. Mesmo depois do desvio, mesmo com toda a água salgada de lágrima e não de mar. Mesmo com a culpa. Eu sei que conseguiríamos, mas o que aconteceu com a gente? Nos partimos? Não. Eu me desmembrei. Não é culpa de ninguém, eu fui covarde como muitas outras vezes. Eu deveria ter ficado e lutado; ter insistido um pouco mais no que me era tão importante! Ter soltado as palavras, não me engasgar com elas. O tempo não volta.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Saudade

Sim saudade. É estranho que essa mesma palavra que eu usei aqui já tantas vezes agora tem um significado totalmente diferente para mim. Eu não tenho mais saudades dos teus sorrisos, olhares, graças ou qualquer coisa relacionada diretamente a você. Eu sinto falta de como eu me sentia. De como meu coração batia rápido e, apesar das dores, eu sentia um enorme prazer em tudo. Eu realmente acreditava em você e era tão sincera.. lendo os e-mail eu fico rindo de mim mesma, como era boba. Mas era apaixonada. Que saudade daquilo! Eu até me apaixonei uma par de vezes depois de ti, mas nunca com a mesma intensidade. Nunca fui tão ousada, fazia tantos planos absurdos pra tu ires me visitar tarde da noite em casa, entre outras coisas que eu nem lembrava mais ou lembrava até demais. Que saudade de não ter tanto medo, de sorrir tão verdadeiramente, sem veneno. Saudades de mim, mas se eu olhar para trás estou perdida. Aquela já teve o seu tempo.

terça-feira, 28 de agosto de 2012

As coisas que a gente faz






As coisas que marcam a gente são sempre ruins. Coisas ruins que a gente fez ou que fizeram pra gente, não importa, elas marcam. Grudam na cabeça e por mais coisas boas que a gente faça, não passa. E parece que quanto mais se tenta corrigir o erro, pior ele fica. Eu tenha aprendido muitas coisas nos anos que se passaram mas ainda não aprendi o que fazer pra ela parar de atormentar meus sonhos com infindáveis "e se(s)". Simplesmente não passa. As vezes demoram anos pra sonhar com ela de novo, mas sempre volta. Nunca é bom. Já tentei ter raiva dela, fazer uma carta pra ela (real ou fictícia), auto hipnose e até fingir esquecer, o que por algum tempo tem funcionado. Só de vez em quando que meu inconsciente resolve aparecer e dar um tapa na minha cara. Mostrar que nada mudou.. O sonho era tão real. Por mais que eu estranhasse, não parecia sonho. Como eu não percebi? Ela vive em mim, como um fantasma não morto. O fantasma da culpa.

domingo, 29 de abril de 2012

Ponto final

Ele voltou e eu nem comentei. Faz tempo. Faz mesmo? Nem sei dizer direito, mas faz um tempinho sim. Eles voltaram a terminar a longa jornada coincidentemente quase no mesmo dia que eu liguei pra ele por acaso. E aí a gente marcou. Vamos nos ver. Pensei que seria um novo paragrafo na nossa (minha) história. Nos vimos, ele disse exatamente tudo que eu sempre quis escutar, foi amavel, engraçado.. disse tudo que eu queria mas pensava que jamais fosse dito. Logo, não acreditei. Ele disse: nunca ou sempre?
Eu aprendi que isso não existe e disse a ele, que discordou. Então eu disse sempre, na verdade com medo do nunca. Daí algumas poucas ligações foram trocadas e alguns encontros foram marcados mas não chegaram a acontecer; eu pensei que seria um longo paragrafo, pensei que sofreria de novo, ou ao menos me iludiria. Mas lá estava ele, dizendo tudo que eu queria ouvir e eu simplismente fiz de conta que não era comigo e virei as costas. Não doeu. Apesar de eu ter dito sempre com os lábios, disse nunca com o coração. Eu pensava que era o começo de um final feliz mas foi um ponto final que a muito tempo havia esperado. Talvez eu só precisasse dele "só pra mim" pra perceber que eu não posso mais ser dele.

 Não é falta de saudade, é desapego. Não é falta de amor, é a certeza do tempo esgotado. Não é falta de interesse, é uma profunda ocupação com a minha própria vida.Não é mágoa, é indiferença. Não é exagero, é escolha.

Marla de Queiroz

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Pensamentos em cadeia

Eu queria poder lembrar pelo menos das coisas boas e poder rir delas sem ficar pra baixo dois minutos depois. Começo lembrando da risada dela e de como a gente se divertia, depois lembro do cabelo grande e das brincadeiras, do metrô.. aí chegam as lágrimas, a mágoa, as palavras de vidro, os segredos de liquidificador.
Não foi você quem fez isso, não fui eu tampouco. Não foi o tempo, não foram as circustancias. Foram os pensamentos em cadeias.
São eles que interligam uma coisa a outra, são eles que não me deixam lembrar só das coisas boas e esquecer o resto.

sábado, 28 de janeiro de 2012

Flip-flop

Joey:That’s just it. The butterflies never seem to accompany the right people. The nice guys who are right for you, they never make your stomach go flip-flop.
Professor Wilder: So who gives you flip-flops Joey Potter?
Joey: People who shouldn’t.