domingo, 26 de outubro de 2008

Anel


E depois de 1 ano e 3 meses ela conseguiu, de uma vez por todas, deixar aquele velho anel de lado. Aquele anel que a alguns meses atrás ela não trocaria por nenhum tesouro no mundo só por conta do cheiro dele que ainda estava impregnado no anel. Trocou por um que cabe no seu dedo médio. Ainda não conseguiu se acostumar sem o velho anel, ainda rosca o dedão sobre o dedo mindinho pra senti-lo lá e ficar brincando com ele, mas o anel não está mais lá. Ela se orgulha, se orgulha por ter conseguido dar esse passo, isso prova que ela, enfim, está conseguindo deixar aquele passado pra trás. Agora só falta a vitrola antiga, porem bem nova pra ela, ficar pronta e ela conseguir se livrar dessa vez das muitas pulseiras anti-depressivas. Talves quando ela conseguir tudo isso ela possa ser quem ela sempre sonhou em ser. Não quer ser como é e muito menos como o mundo quer que ela seja.
E ela sabe que quando ela estiver desesperada, chorando. Receber um anel não vai faze-la sorrir, afinal é só um anel. Um anel não é garantia de nada. O anel não faz balanças penderem mais de 1 ano luz pro seu lado e muito menos faz o mundo girar ao seu redor, nem que esse mundo seja apenas o mundo dele. Esse anel não ajudou ela a nada, quando ele se aproximava ela ainda assustava os outros com a pulsação acelerada. Não impedio nenhum sofrimento dela. E ela se odeia. Se odeia por ama-lo tanto, se odeia por ter feito tudo que fez por ele, se odeia por se amar tão pouco comparado ao que sente por ele, e se odeia muito por ainda sofrer por ele e mais ainda por não conseguir odiar a ninguém mais a não ser ela mesma.
Ela sabe que dessa vez não vai bastar ficar olhando o mar por umas horas pra que essas coisas que ela não consegue entender passe. Dessa vez ela vai ser mais forte e resistir ao nome-cheiro ou qualquer outra coisa que venha dele.

domingo, 12 de outubro de 2008

love or not to love?


As vezes é como se fosse uma novela, onde todos conspiram pra que nada der certo. Onde nem o mocinho, nem a mocinha fizeram nada de errado, eles só queriam viver o amor deles. Mas sempre tem os grandes vilões..


Mas acontece que não é uma novela, não há grandes vilões e mocinhos e mocinhas são chatos.


Pensando melhor, parece um filme, que o tempo passa tão rápido que anos podem ser resumidos em poucas horas, e o final nem sempre é feliz. Um filme onde as coisas aconteceram de uma forma que ninguém conseguiu controlar; Um filme que pode ser regravado milhões de vezes, mostrando todos os ângulos possiveis de ser visto e mostrando que todos tem sua parcela de culpa dos acontecimentos. Todos ou ninguém . Um filme que pode ter tanto a trilha sonora de Beatles e Legião; como de nx zero e fresno, e que nem assim perderia sua beleza. Um filme pra poucos, pois muitos não conseguiriam chegar a essência do que ele queria passar.. Mas só parece. Afinal, não é um filme. No filme depois que apagam as luzes a realidade é outra, e todos voltam pra suas vidinhas, com seus proprios filmes. Eu não.
Eu não consigo resistir a você, acho que vou enlouquecer, não aguentaria uma segunda dose de você;


Não é saudade não, é abstinência. E uma hora isso tem que acabar. Ou continuar pra sempre. E se for pra sempre, eu não vejo a hora do meu 'felizes' chegar.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Chega!





Já estava começando a flertar denovo com ele. Parece até que eu tinha esquecido todo o mal que ele me fez, o tanto de sofrimento que esse envolvimento nos trouxe e como tudo isso veio recheado de mentiras. Não, eu não quero isso denovo. Hoje eu ví o lado dela da história. E eu não me sinto nem um pouco bem em ter provocado tanta dor nela, logo nela, se nada disso tivesse acontecido, seriamos melhores amigas.

Eu deveria ter dito o 'Basta!', o 'Chega!' , quando ainda era tempo de recuperar a amizade.

Mas eu não consegui, eu o amava demais pra pedir pra que ele se afastasse.. Eu fui fraca. Mas dessa vez vai ser diferente, ou melhor, não vai haver 'dessa vez'.

Já tá mais do que na hora de parar com isso. Pelo menos sozinha eu não consigo magoar ninguém mais além de mim mesma.

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

1 ano e 3 meses.


Aconteceu o que eu estava esperando todo esse tempo e que temia que um dia viesse acontecer. Ele falou comigo. E, só em ver a janelinha do msn dele piscando como eu não via a exatamente 1ano e 3 meses, deu um nó, fiquei tão nervosa como nunca, como se ele tivesse do meu lado. Todos os sintomas clichês : o coração acelerado, um leve tremor, olhos cheios de lágrimas a cada palavra que trazia junto lembranças, sentir a barriga dar um nó, um mal estar, mas um mal estar que te faz cantar.

Ele falou comigo, e falou exatamente o que eu queria ouvir, disse também coisas que ele sentia e que eu também sentia. Fez perguntas, respondeu algumas.

Não vou mentir, eu gostei. Mas tenho medo de cair na conversinha dele denovo.

Ele falou comigo a exatamente dois dias atrás e nada mudou. Ele passou por mim hoje e deu pra ver que ele queria falar, e eu também, mas que nenhum dos dois teriam coragem de fazer isso. Ele disse que falaria, mas também foi melhor assim. Já pensou se eu morro? só dele falar comigo via messenger eu me senti estranha. Se ele falasse comigo pessoalmente e não sei como seria, se eu ia começar a tremer e a pressão baixar, e eu morrer; ou se eu iria congelar e ficar lá só olhando pra cara dele; talvez eu corresse, ou até chorasse.. Eu quero que esse dia chegue. Porque faziam exatamente 1 ano e 3 meses que eu não sentia nada disso por ninguém.

Talvez ele não se lembre.. acho que ele disse que estava bêbado. E se isso nunca tiver acontecido? tiver sido só construção da minha mente apaixonada doentiamente por ele ? Mas se for o caso, foi o sonho mais cheio de emoções e sentimentos que eu já tive na vida.
E os dias dias que se passaram depois da conversa, eu não conseguia pensar em mais nada além dele, não conseguia me concentrar mais que 10 minutos em coisa alguma, acho até que encontrar com ele hoje tão por acaso pode ter sido eu mesma quem atraiu. Será que quando eu penso nele é ele que faz com que esse pensamento seja atraído até mim?