terça-feira, 26 de maio de 2009

Te Atro (L)


É tão estranho. Ela deveria saber mais do que ninguem quando eu preciso de espaço, quando algo me faz bem e quando algo me faz mal, afinal de contas eu sou parte dela, mas ela distorce tudo atraves dos seus 'olhares de mãe' .

Será que ela não vê que o teatro foi a unica coisa depois de quase 3 anos que realmente me trouxe felicidade, me fez sorrir, me fez abrir os olhos pra caminhos novos e pessoas novas. Mas não adianta, é algo que eu não conseguiria explicar, é algo que só se pode sentir e se você não está lá não pode ser capaz de imaginar o que é. É algo magico.

Seria correto colocar toda essa minha felicidade instantânea em risco por conta de uma conta mal feita, uma resposta sem afeto? seria ao menos justo?

Não aguento mais essa vidinha de fazer tudo o que eu posso pra agradar a eles e só receber elogios quando chega uma nota azul no boletim do lado EXATAS e se todas as demais forem azul nada mais importa.

Sinto falta daquela despreocupação com a escola e ainda assim as notas azuis, dos maiores amigos do mundo e das melhores festas, melhores pais e quando eu tô conseguindo me desprender tudo isso e me integrar na nova realidade de escola melhor com amigos, as piores notas, nenhuma festa, pais voluveis que tão sempre ameaçando se separar e já estando separado só por cogitar a idéia, criando barreiras cada vez maiores.

Já disse que os amo mais que qualquer um nesse mundo e quero vê-los felizes a qualquer custo, mas e a minha felicidade? quem vai fazer isso por mim? que seria idiota o suficiente de perder a sua vida se importando com a minha?


Não sei.. e sinceramente não me importo mais com nada. Não vou mais me esforçar pra ser algo que não sou pra agradar as pessoas.

domingo, 10 de maio de 2009

Quero! Preciso!


Quero me apaixonar, ou pelo menos quero que se apaixonem por mim. Sabe quando você tem a necessidade de ter alguem te chamando de linda assim que você acordou, toda descabelada, desmantelada. Preciso de alguem que simplismente não se importe com o que eu já fiz e me aceite como eu sou. E dessa vez eu prometo que vou fazer de tudo o que for possivel e impossivel pra me apaixonar também, mesmo que esteja iludindo a mim mesma.


Se pudesse voltar atras nunca teria jogado fora a única pessoa que de fato me amou e estava disposto a tudo por mim, pelo meu amor, e eu não tentei o bastante, não me esforcei o quanto deveria.


A culpa é toda sua! Você me cega! Você me apaga! Você me isola.

Queria que você nunca tivesse existido ou que pelo menos ainda existisse!


Preciso de alguem que tenha paciência o suficiente pra aturar minhas crises e ser meu apoio, me segurar pelo braço pra que eu nunca caia, alguem que eu não precise mentir ou fingir. Será que esse alguem existe? talvez exista. Talvez esteja mais perto do que eu imagine e eu não enxergue.


Eu sei que essas coisa não existem, sei que é pura ilusão achar que tudo dura pra sempre, quando o pra sempre nunca é eterno. Mas sei também que não conseguiria viver sem pelo menos ter a dúvida de que isso possa existir, de que eu possa ser a exeção.

ODEIO!

Hoje eu me dei conta do quanto eu odeio morar aqui, o quanto eu odeio só ter uma opção pra ir aos lugares, odeio como isso aqui é feio e principalmente odeio não ter amigos por perto, odeio ter as lembranças sempre vivas nesse apartamento. Quero sair daqui!
Quero ir pra um lugar perto de uma praça, de uma praia, onde eu possa esquecer de tudo e deitar no chão, na areia, na grama e sentir o sol e a chuva sobre mim. Me sentir viva denovo como eu só sinto raras vezes. Me sentir querida por mim mesma. Eu preciso disso.
Mas como explicar isso pros meus pais?
Odeio esconder qualquer coisa deles, mas tem certas coisas que eles não podem saber, ele não podem se preocupar tanto.. não podem me odiar como tantos me odeiam.
Esse quarto onde já chorei tanto, essa cozinha onde tentei tirar a vida, o banheiro onde tentaram me impedir, a sala dos cigarros e das bebidas. Essa casa, essa vida, tudo me enjoa. Queria cuspir o meu passado numa bacia funda onde não pudesse ve-lô nunca mais.