domingo, 18 de julho de 2010

sem titulo

Não sinto mais dor, pelo menos não hoje, isso me dá uma pontinha de esperança. Parece que as coisas estão enfim se resolvendo. Sei que já pensei e devo ter escrito isso umas mil vezes, mas agora é diferente, agora eu sinto que só depende de mim pra acontecer.
Minha felicidade só depende de que eu consiga viver em paz comigo mesma. Eu preciso me aceitar e me conhecer, não exatamente nessa ordem. Preciso saber exatamente onde estão meus excessos e controla-los; quando perceber que estou em desespero, arrajar uma forma de me trazer paz, sozinha.
Sempre reclamei de ser alguém tão mediana, de não ter nada de muito bom e nem tão ruim, mas é justamente isso que chamam de equilíbrio e é bem mais duradouro e palpável do que a perfeição. Ainda estou aprendendo a conviver com meu excesso de peso, de carência e minha falta de força de vontade ou de coragem. Mas também tenho aprendido a acreditar nos elogios e a balançar os braços enquanto ando. Aprendendo a ser melhor.

Algum dia do carnaval

Pensei que o tinha esquecido por completo, que enfim lembraria de tudo sorrindo e não morrendo de saudades e com lágrimas cansadas nos olhos. Pensei que poderia substituir um T pelo outro. Pensei tanta coisa e quase me convenci, por quase um mês.
Conseguia até ver a fotos deles dois sem ter inveja, ficar feliz com o sorriso na cara deles, parado de estar sempre em busca de algo novo em suas vidas (torcendo pra que nunca fosse casamento ou filhos a tal novidade), tinha realmente parado. Até que numa recaida descobri algo novo; acabou.
Gritei sem saber se o grito era de indignação ou de felicidade. Indignação porque eu sempre pedi aos céus por isso, sempre esperei, sempre quis e agora que eu já nem queria mais, justo agora eles terminam! Só fiquei sabendo depois de um tempo, acho que já teria feito umas duas semanas e era carnaval.
Decidi que não ligaria pra ele, mas acabei ligando, chorando e repetindo o mesmo ritual de sempre, dos amores mal amados. Dois ou três dias depois eles voltaram. E chorei denovo, baixinho pra que ninguém percebesse. Chorei porque eu nunca desisto, meu coração nunca desiste, for quanto tempo mais isso vai continuar acontecendo? Será que o papel interpretado por mim vai mudar um dia? Não sei como posso gostar tanto de alguem que não retribui, que nem se quer tem contato direto comigo. Não sei se chamo isso amor ou loucura.